quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Família que poupa unida ...

Não é das coisas mais comuns uma pessoa que trabalha e controla apenas seus gastos ter uma vida financeira saudável e inteligente. Poucos conseguem viver dentro do que ganham, pouquíssimos fazem uma poupança e quase ninguém além de tudo vai separando dinheiro para os “sonhos”, tipo ir pra Europa ou comprar uma casa.

Em um casal, via de regra, a coisa piora ainda mais. Nem sempre se tem duas receitas, mas com certeza, têm-se duas despesas. Poupar torna-se uma guerra e o resto então já começa com o problema de qual sonho em comum o casal possui.

Quando a família fica com uma ou duas crianças, instaura-se definitivamente o caos. Temos uma ou duas fontes geradoras de receitas x quatro pessoas sem tênis novo, blusa de frio, regata branca pro Reveillon ou com vontade de tomar aquele sorvete daquele lugar ma-ra-vi-lho-so.

As contas crescem junto com as crianças e chega uma hora que não sobra dinheiro pra nada, pra ninguém, muito menos para uma coisa bacana no futuro. No estágio de desespero o pai começa com a coisa mais simples: obriga os filhos a desligar a tv, apagar a luz e a mulher a comprar menos “bobagens” pra casa. Essa técnica funciona nos primeiros dois ou três meses pra depois tudo voltar pra estaca zero e a razão é muito simples: temos um “prejudicado” que paga as contas ou três “prejudicados” sem televisão e batatinha chips. É natural que rapidamente o grupo maior transfira os gastos para outras coisas, porque de fato será sempre impossível achar o verdadeiro culpado pela alta conta de luz.

Temos dois jeitos de resolver isso:

A) Desde o princípio tentarmos manter os gastos e as regras dentro um limite razoável para todo mundo.


B) Colocarmos todo mundo no mesmo barco dos “privilegiados”. Como ? Beneficiando a família toda por controlarmos bem o dinheiro.

A família toda quer ir pra Disney ? Vamos jantar menos fora então ! Queremos ir pra praia no Reveillon ? Então vamos tentar diminuir a conta de luz, desligando tvs e ficando menos no banho ...

Todo mundo, na escola, no trabalho ou em casa funciona melhor sob motivação e não sob pressão. Quando todos estão comprometidos com uma coisa maior, as coisas menores são facilmente “abdicadas” em prol da primeira.

Do mesmo jeito que não funciona dar tudo para as crianças e cônjuges, não funciona não dar nada e tirar tudo. A relação financeira passa por uma estreita e delicada “negociação” onde ou todos estão empenhados pela mesma coisa ou nada anda direito, pois sempre alguém terá que comprar o tênis novo para a festa do João. Quando o tênis novo vira moeda de decisão pra ajudar nas férias sonhadas, tudo muda de parâmetro e muda pra melhor.

Assim como em uma empresa, todos querem ajudar, se sentir útil e ou arrumar algo que está errado, mas em casa ou no trabalho, isso funciona melhor se todos os envolvidos forem beneficiados ao final.


Fonte: Revista Elas & Lucros – Edição de Junho/2009.

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