terça-feira, 27 de abril de 2010

Credit Default Swaps ou Derivativos de Crédito.

São tipos de Derivativos de Crédito que veem ganhando cada vez mais espaço nos últimos anos e principalmente nos últimos dias, com a preocupação crescente com a Dívida Grega.
Surgidas em meados da década de 1990 e popularizadas principalmente em países desenvolvidos, essas operações já atingem um mercado com valor nominal de mais de US$ 60 trilhões.
Uma maneira simplificada de definir esses Derivativos de Crédito seria classificá-los como “uma forma de proteção contra inadimplência”. É o que está acontecendo agora devido à alta Dívida Grega. Isso porque o mercado com medo que a Grécia tenha um “default” está fazendo com que os CDS sejam levados a níveis recordes.
No geral, o que acontece é um Contrato entre duas partes: a primeira compra proteção para sua carteira de crédito, e a outra, vende essa proteção. Assim, o risco de Default, ou não cumprimento das obrigações, é transferido do credor para o vendedor do CDS.
O risco em questão, no caso dos CDS, é o de inadimplência, o que torna o mercado de CDS uma forma cada dia mais popular de analisar como o mercado avalia o “risco” de um determinado credor. São estas características que explicam a crescente popularização de CDS.
Por um lado, existe o interesse dos vendedores nos ganhos decorrentes destes Derivativos, já que eles recebem uma taxa para assegurar dívidas com um baixo risco - ou ao menos um risco conhecido. Por outro lado, os compradores buscam reduzir o risco de perdas em caso de inadimplência.
Cabe ressaltar que o valor desses derivativos, também chamado de Spread, se refere a um período específico e normalmente é medido em pontos-base (um ponto base equivale a 0,01 ponto percentual).
Esse valor é definido pela percepção do mercado em relação ao “risco das dívidas”. Dessa forma, quanto maior for o risco de default, maior o prêmio para garantir o crédito.
Como no caso da maioria dos Derivativos de Crédito, os CDS não são negociados em Bolsas ou com a presença de uma entidade de custódia e liquidação, mas no Mercado de Balcão, em transações diretas entre as pontas compradoras e vendedoras. Isso agiliza o processo, mas amplia o risco, de forma que existem planos para criação de uma entidade para liquidação destes contratos. É muito comum ter investidores institucionais, como fundos de pensão, administradores de recursos (sobretudo Hedge Funds) do lado comprador e bancos de investimentos na ponta vendedora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário