quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A Relação Dívida/PIB e o Risco País.

Não somos só nós, pobres mortais que, às vezes, gastamos mais do que temos, literalmente assassinando o nosso Orçamento Mensal.

O Governo Federal também comete esse erro.
E quando ocorre o “desbalanceamento” entre Receitas menores e Despesas maiores obriga o Governo Federal a se financiar via Mercado Financeiro, através da emissão de Títulos pela Secretaria do Tesouro Nacional. Os títulos assim emitidos constituem a Dívida Pública Monetária Federal Interna – DPMFi.

São emitidos Títulos de Renda Fixa com diferentes características de formação de taxa, remuneração aos investidores e prazos de vencimentos, a saber: Prefixados; Pós Fixados pela Taxa Selic ou TR; Indexados pela Taxa de Câmbio; e Indexados por Índices de Preços.

A relação Dívida/PIB é um bom Indicador de Capacidade de Solvência do Estado ao relacionar o volume do endividamento mobiliário do Estado com sua geração de riqueza. É claro que a composição da Dívida deve ser levada em consideração, pois quanto maior o prazo de vencimento dos títulos/ e ou menor as taxas de juro e de câmbio a eles vinculados, menor será o Numerador relativo da relação. Da mesma forma, uma taxa de crescimento do PIB significativa naturalmente reduz o Numerador relativo da relação. O efeito dos Índices de Preços reflete-se tanto no Numerador como no Denominador.. Esse Indicador deve ser analisado com cautela quando o que está em jogo é o Risco País.

O FMI, para efeitos de divulgação, utiliza como medidas básicas do Crédito de um país o Superávit Primário e a Dívida Pública/PIB. Entretanto, na prática, o Mercado Financeiro e as Agências de Classificação de Risco, preocupados com a probabilidade de que um país seja capaz de manter o serviço regular de sua Dívida Externa, avaliam o Risco e o Crédito de um país com outras medidas: o Déficit Público/PIB, o Déficit da Conta Corrente externa/PIB, a Dívida Externa/Exportações e o Volume de Reservas Internacionais. Além disso, os modelos utilizados para prever as crises de endividamento dos países usam dados não apenas relativos ao tamanho, maturação e custo da dívida pública, mas também dados macroeconômicos que influem na Confiança dos Investidores no país.

Assim, os critérios mais óbvios para medir o Risco de um país passar por uma crise são os de Solvência e Liquidez, que incluem o tamanho da Dívida em relação ao PIB e a proporção de Vencimentos de Curto Prazo (este último critério vinculado à Liquidez). Os modelos acrescentam ainda alguns critérios macroeconômicos que estão relacionados a crises, seja pela via direta ou pela percepção dos investidores, tais como: baixo crescimento do PIB, pequena abertura comercial, condições de liquidez em países do Primeiro Mundo e dados fiscais.
Analisando com isenção de ânimo esses dados, poderemos julgar melhor a atual Classificação de Risco de nosso país.

Informamos diariamente no nosso Pré Mercado, como está a classificação do Risco Brasil.

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